Resiliência


Algumas semanas atrás aconteceu um episódio muito interessante comigo na aula, que trouxe outra vez vozes da morte sussurrar em meus ouvidos e desta vez, pude ouvir que eu não tenho sentimentos, por rir de uma situação que não era apropriada.
Pois bem, não vou explicar o porquê de ter sorrido, e não pensem vocês que  sou uma psicopata ou uma sádica (acabei meio que explicando ) que se regozija no sofrimento dos outros. Vim falar sobre resiliência.
E o que tem a ver resiliência com rir de situações inusitadas ?
Quem acompanha o blog deve ao menos imaginar que a maioria dos meus textos são bem pessoais e carregados de sofrimento, principalmente os mais antigos. A vida é isso. Não há quem tenha passado por ela sem sofrer ao menos com uma dor no canto da unha. E apesar de dor está associada a um incomodo físico, ela é subjetiva. Cada um tem sua maneira de sentir e expressar a sua dor. Às vezes o surgimento de uma espinha pode doer tanto quanto o fim de um relacionamento que parecia ser verdadeiro. Vai entender a mente humana! 
Eu sofri com perdas irreparáveis e não foi durante dias, foram anos de dias de chuva e dias de sol.
Em um desses dias, pude ler em uma revista sobre resiliência, um conceito da física que é a capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido uma tensão, que foi adaptado para a psicologia, é claro, de maneira mais subjetiva, que caracteriza pessoas que são capazes de lidar com contingências aversivas, situações estressantes, níveis altos de estresse e voltar ao seu estado "normal". Não só isso, como também tirar proveito das boas e más situações( pelo menos, foi isso o que eu entendi)
É como se fosse um coqueiro na faixa litorânea, que depois da tempestade, dos ventos fortes, ele continua de pé. Até tentaram derrubar o pobre coqueiro,pode ser que ele tenha ficado torto, ou os seus frutos e estejam bagunçados, mas depois que o sol volta, ele continua em seu lugar.
Depois de entender isso, passei a rir mais da minha vida, tirar proveito das situações desastrosas e principalmente, do meu sofrimento. A rir quando as contingências são favoráveis ou não. Eu vi que a vida fica mais fácil quando eu não paro pra fazer birra só porque ela não está como eu quero. 
Mesmo quando o coração está em pedaços e a alma inundada de lágrimas, hoje eu consigo abrir um sorriso no rosto e internalizar que amanhã, tanto a alma, como o coração, estarão juntos com os meus dentes esboçando um sorriso sincero com a certeza que o sol da minha vida vai voltar a brilhar. É só mais um dia nublado, a nuvem vai passar.
Aquelas vozes cessam ao meu ouvido ao lembrar que, apesar das críticas, cada um tem sua subjetividade, resiliência. Passo a respeitar tanto a opinião do outro sobre mim, porque sei que pra mim, também é difícil aceitar o outro na ia subjetividade.
O que eu preciso trabalhar em mim, não sou eu, como todos os homens, não é a minha " falta de sentimento ", ou qualquer outra característica minha peculiar que incomoda o outro, e sim o meu respeito pelo seu incomodo.
Quanto a rir da tragédia alheia, a vida nos dar tantos motivos para chorar, porque não tirar onda com a cara dela !?

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