Presente

 
Só mais um passo e pá! Começa mais um ciclo de 12 meses, de 52 semanas e de 365 dias.
Faz uns dois a três que eu faço reflexões sobre este ano que vai acabar daqui a pouco e conclui que para mim, foi um ano decisivo. 
Mais que decisivo, foi o ano dos presentes.
Eu poderia fazer um texto sobre recomeços, sobre términos, sobre idas e vindas, sobre partidas definitivas, afinal isso resumiria tudo que aconteceu no ano de todas as pessoas. Sim, mesmo sem você perceber, muitas pessoas vieram e partiram sem você se dar conta. Muita coisa começou definitivamente e outras acabaram por enquanto.
E o que restou foram os presentes.
Todos os dias Deus nos presenteia com a vida, com ar, com milagres ocultos, e entre outras coisas que a gente nem se liga de agradecer. Deus, obrigada por pelas coisas que eu nem percebi ou por ingratidão esqueci de agradecer.
Todos os dias, por onde andamos conhecemos pessoas novas, e redescobrimos aquelas que a anos nos acompanham. Algumas pessoas passam muito tempo na sua vida e saem sem aviso, sem dizer adeus, sem dar satisfação, para que no final cheguem aquelas que não teriam pressas pra ir embora. Todos os dois tipos de pessoas são presentes.
Todos os dias temos experiências boas e ruins, aquele dia que você quer que acabe logo, e aquele que você quer viver pra sempre. E em cada um, o presente do aprendizado. 
A nossa vida é uma dádiva. Não faça promessas de final de ano, só agradeça pelo presente que Deus te deu que é a vida. 
Aos meus leitores e amigos, um 2015 mais que feliz. Deus abençoe todos os 12 meses, 52 semanas , 365 dias, cada milésimo de segundo deste ano!

Dezembro dos Recomeços...ou não.


Olhei durante esses primeiros dias muitas pessoas "encomendando" para dezembro coisas que os outros meses não trouxeram, dizendo que dezembro é a sexta-feira do ano. O engraçado que os meses e dias estão ai a serem construidos por nós e as vezes, nos festejamos tanto a chegada da sexta-feira e durante o final de semana não fazemos nada. 
A seguinte frase foi a que me chamou mais a atenção: "Primeiro dia do mês, ultimo mês do ano e um coração cheio de vontade de recomeçar." Frase linda, depois de ter conversado sobre recomeços e refletir sobre as pessoas e seus pedidos impossíveis possíveis, me levou a conclusão de que, não preciso esperar a sexta-feira pra celebrar, muito menos dezembro para abrir meu coração para recomeços.
Sempre é hora de recomeçar. Eu estou recomeçando também. Outra vez. Se vocês virem os históricos dos textos desse blog, perceberão que todos os texto, ou tem um fim, ou tem um recomeço.
Acho que recomeçar é voltar ao ponto de partida quantas vezes forem necessárias, e deixar o que não serviu para trás pra dar continuidade a nossa travessia. Mas não tem hora marcada. Não tem ano marcado ( ou pelo menos não devia ter).
Não podemos esperar que um ano, mês ou dia acabe para colocar em ação o plano de recomeçar. Cada segundo temos pequenas mortes e um novo começo.
Percebo que todos os anos as pessoas resolvem estabelecer metas a cumprir no ano que vem, mas não entendo o porquê da dificuldade de estabelecer uma meta hoje pra realizar amanhã? Entendo que para algumas para algumas coisas são necessário tempo. mas as que não precisam ?
Há quem diga que refazer o caminho não vale a pena, mas há aqueles que lamentam por terem traçados caminhos errados.
Esse finalzinho de ano, faça diferente: se você quer mudar, mude hoje. Amanhã pode não ter o que mudar. A hora é agora.
Não lamente se você demorou para despertar para as coisas que você tanto quer alcançar, agradeça porque você acordou a tempo. Eu conheço inúmeras pessoas que estão velhos e nunca tiraram um sonho do papel. Conheço também jovens que, apesar de se verem obrigados a voltar ao ninho, nunca cogitaram em parar de voar.

Eu tenho que deixar você ir


Sempre tive comigo a certeza de que, quando se ama muito alguém, não deve deixá-lo ir nem por um segundo. Bom, acho que dessa vez tenho que deixá-lo ir, não por um segundo apenas. Fique certo de que se eu pudesse, de certa forma, "matar" esse segundo e ficar presa no instante em que eu ainda teria que decidir se largaria a tua mão ou se apertaria com mais força.
Eu tenho que te soltar, deixar você ir. Eu tenho sonhos e você fazia parte deles, até resolver sumir e fazer eu manter a minha palavra - que em tantas outras vezes passei por cima - de que se isso acontecesse outra vez, ela seria cumprida.
Eu tenho que deixar você ir, não importa em quantos pedaços meu coração vai ficar. Eu não vou voltar atrás, seja qual for a decisão que eu tomar. Não tenho mais tempo de estar voltando, sabendo que, se voltar, eu vou me desfazer outra vez. Melhor eu juntar meus pedaços pra ver se os remendos dão jeito.
Eu tenho que deixar você ir se o meu propósito é alcançar meus sonhos e eu não me desfaço deles por causa das suas inconstâncias. Nem as de ninguém.
Eu tenho que deixar você ir mesmo que doa não poder mais mergulhar no mar que são teus olhos, e mesmo sem dizer nada, deixar você saber que eu te amo. Mesmo que doa saber que o sorriso que nunca foi só meu não irá me acalmar nos dias difíceis, eu tenho que deixar você.
Eu tenho que deixar você ir mesmo que doa saber que teus braços não me envolveram como antes, mesmo que eu não sinta outra vez, a maresia fará com que teu cheiro sempre fique na memória.
Mesmo que doa eu tenho que deixar você ir e abrir mão de escutar a tua voz dizer que sou chata, louca, ou falo demais. Que eu não escute mais as tuas histórias sobre passado presente e futuro, eu tenho que deixar você ir com a certeza de que não estou nos teus planos e que eu sempre vive no engano, achando que um dia você ia me deixar entrar e fazer parte. E eu virei mais um caso do passado.
Eu tenho que deixar você ir pra ver se caminho sozinha, se me permito ao menos virar a esquina dessa longa história, que para mim era de amor.
Eu tenho que deixar você ir, eu tenho que te soltar agora. Não é fácil que as pessoas nos escapem das mãos, mas às vezes, é necessário. Talvez, quem será liberto não é você. Eu só tenho que deixar você ir.
Eu nem sei ao certo o que eu estou fazendo ao olhar a pasta que eu mantenho escondida no meu computador com fotos nossas. Não sei nem porque a escondi. Parece coisa de adolescente apaixonada que se esconde de um amor platônico que segue por todos os cantos, sabe de todos os seus passos.
 O fato é que ao olhar aquelas nossas fotos pude relembrar de todas nossas histórias, as quais eu queria continuar a escrever e trazer à memória todas as imagens não registradas de nós dois.
 A saudade que eu sinto de você é tipo sentir fome…com alma. Sentir saudades de você é ter o coração sedento por nós dois juntos outra vez.
 Quando te conheci, te achei tão indefeso e tive vontade de pegar seu coração na mão e soprar vida pra dentro de você. Mas isso foi você quem fez comigo, de um jeito todo teu, inspirou-me poesias, soprou-me vida, despertou-me o desejo e o impulso de viver o que eu jurei nunca mais querer. Você sim pegou meu coração com a mão e me fez viver cada fantasia e cada agonia. 
 Hoje eu pego as fotos e guardo em uma caixa, pra preservar exatamente tudo, até as sensações que você me faz sentir quando está por perto.
 Porque lembrar de você, faz com que eu lembre de mim. Olhar pra você, faz com que eu enxergue a mim. Aprender sobre você é como descobrir mais de mim. Eu sou bem melhor com você.
 Você é bem mais que lembrança que eu teimo em abraças pela imaginação, você foi muito importante. Você é meu grande amor.
 
( você encontra mais devaneios soltos aqui  )

Porta Entreaberta


E mais uma vez ele foi e deixou a porta entreaberta. A casa ficou mais uma vez vazia, cheia do eco de suas próprias dúvidas, de que, como sempre, será se ele vai voltar?
Em cada parede as evidências de quem ainda não sabe o que se foi, o que se perdeu. Quantas vezes, ele saiu sem avisar que voltaria? Quantas vezes ele saia para se divertir com outras, enquanto entre  aquelas paredes ela esperava ansiosa ele voltar? Quantas vezes ela escancarou as portas, janelas e o coração, esperando ele voltar? Inúmeras.
Hoje ela se pergunta se não é perigoso abrir a sua casa assim pra quem quer ser apenas uma visita, passar uma estação e não fazer moradia.
As gavetas continuarão desocupadas, o lado da cama continua a ser seu.
Cuidado com a próxima vez que deixares a porta entreaberta.
Cuidado com as suas idas e vindas, uma hora você irá encontrar as portas e janelas trancadas, ai não vai adiantar jogar pedra.

Desculpas


Não sou o tipo de pessoa que vive a se desculpar por algo que faço, pra ser sincera, eu meio que fico de saco cheio de gente que vive se desculpando. Não pelo fato das desculpas em si, mas pelo fato de ter feito uma coisa por querer, e mesmo assim pedir desculpas, ou se desculpar por expor sua opinião.
Sei que essa minha maneira de posicionar-me frente a este ato é meio radical, mas eu não sou boa em pedir desculpas, principalmente quando estou certa. 
Um quê de orgulhosa? Eu diria que um alfabeto inteiro de orgulho. Por isso, se alguma vez eu lhe pedi desculpas, quiçá , perdão, saiba que eu realmente prezo a sua presença na minha vida ao ponto de dar o braço a torcer, ou estou muito convertida ( amém ).
Sei que isso vai de encontro aos meus princípios religiosos, mas já fui muito transformada quando o assunto é pedir desculpas, até pelo o que eu acho estar certa. Eu fui entendendo que, mesmo na ingenuidade, por palavras, atitudes mal combinadas, sentimentos omitidos magoamos sem querer as pessoas,essas sim,merecem meu pedido de perdão. 
E não é porque eu não gosto que as pessoas fiquem o tempo todo pedindo desculpas, que você pode fazer a besteiras que for, que eu não vou esperar um pedido de desculpas, porque eu vou sim!
Mas se for pra pedir desculpas por coisas sem sentindo,devo começar a pedir de agora.
Desculpa mundo por eu existir. Mas, Deus foi quem me colocou aqui e eu não vim pra cá pousar de vítima com as palhaçadas que as tuas giradas dão. 
Desculpa sociedade por eu ser assim. Mas graças a Deus eu sou tão feliz com a poesia que eu construo a cada dia, a cada rasteira que as pessoas falsas que tu formas me dão, que além de te pedir desculpas, devo te agradecer: obrigada!
Amigos, me desculpem por várias vezes pensar mais em vocês do que mim e por conta disso eu acabar me ferrando por vezes e ainda sim, me passar por egoísta. Desculpa pelas vezes que marquei de sairmos ou uma visita e na hora H, furei. Não tenho explicações para isso, só pedido de desculpas mesmo.
Ao meu amor, eu peço desculpas por não mergulhar de cabeça nesse relacionamento que não é tão relacionamento assim. Aliás, eu tenho que te pedir desculpas pelo fato de que, sempre preciso que você me diga o que somos pra responder a quem me pergunta, sendo que o que somos é bom e diz respeito só a nós. Desculpa por te querer a todo tempo.
E que me desculpem meus ex-namorados mas o despeito é fundamental! Não é que vocês sejam tão ruins, mas faz parte da vida dizer aos outros o quanto vocês me fizeram sofrer, ou o quanto eram bobos por e para mim. 
Aos que acompanham o meu blog, desculpa pela falta de tempo, ando escrevendo muito e postando pouco. Acho que é isso que a vida adulta nos proporciona : a falta de tempo para coisas prazerosas. 
Me desculpem pela epidemia do ebola,de certa forma eu sou culpada de todo o mal que assola a África, seja pelo capitalismo ou por falta de orações. Me desculpem também pelo aquecimento global, mas eu uso desodorante aerossol, os outros me causam irritação. Eu também prefiro anda de carro ao invés de ônibus ou bicicleta porque eu sou mais uma burguesa que gosta de conforto.
Me desculpem pela situação política no Brasil, eu votei na atual presidente sim, agora me joguem pedras. Se ela foi eleita, não foi apenas o meu voto que a fez presidente.
Desculpem pela conta de energia, ela veio mais cara este mês e o calor está anormal.
Desculpem a maneira que eu me visto, até porque, quem paga pelas minhas roupas sou eu e minha mãe, não você. Mas todos presentes serão bem-vindo.
Me desculpem por pessoas que pedem desculpas até por ter nascido, ou pela morte da bezerra. Eu não sei lidar com tantos pedidos de desculpas assim. Desculpas se eu não sei pedir desculpas. 
E por último : me desculpem pelas desculpas. Eu só estou cansada de ouvir tantas desculpas, ou ter que inventar mais desculpas.
Desculpa!

Resiliência


Algumas semanas atrás aconteceu um episódio muito interessante comigo na aula, que trouxe outra vez vozes da morte sussurrar em meus ouvidos e desta vez, pude ouvir que eu não tenho sentimentos, por rir de uma situação que não era apropriada.
Pois bem, não vou explicar o porquê de ter sorrido, e não pensem vocês que  sou uma psicopata ou uma sádica (acabei meio que explicando ) que se regozija no sofrimento dos outros. Vim falar sobre resiliência.
E o que tem a ver resiliência com rir de situações inusitadas ?
Quem acompanha o blog deve ao menos imaginar que a maioria dos meus textos são bem pessoais e carregados de sofrimento, principalmente os mais antigos. A vida é isso. Não há quem tenha passado por ela sem sofrer ao menos com uma dor no canto da unha. E apesar de dor está associada a um incomodo físico, ela é subjetiva. Cada um tem sua maneira de sentir e expressar a sua dor. Às vezes o surgimento de uma espinha pode doer tanto quanto o fim de um relacionamento que parecia ser verdadeiro. Vai entender a mente humana! 
Eu sofri com perdas irreparáveis e não foi durante dias, foram anos de dias de chuva e dias de sol.
Em um desses dias, pude ler em uma revista sobre resiliência, um conceito da física que é a capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido uma tensão, que foi adaptado para a psicologia, é claro, de maneira mais subjetiva, que caracteriza pessoas que são capazes de lidar com contingências aversivas, situações estressantes, níveis altos de estresse e voltar ao seu estado "normal". Não só isso, como também tirar proveito das boas e más situações( pelo menos, foi isso o que eu entendi)
É como se fosse um coqueiro na faixa litorânea, que depois da tempestade, dos ventos fortes, ele continua de pé. Até tentaram derrubar o pobre coqueiro,pode ser que ele tenha ficado torto, ou os seus frutos e estejam bagunçados, mas depois que o sol volta, ele continua em seu lugar.
Depois de entender isso, passei a rir mais da minha vida, tirar proveito das situações desastrosas e principalmente, do meu sofrimento. A rir quando as contingências são favoráveis ou não. Eu vi que a vida fica mais fácil quando eu não paro pra fazer birra só porque ela não está como eu quero. 
Mesmo quando o coração está em pedaços e a alma inundada de lágrimas, hoje eu consigo abrir um sorriso no rosto e internalizar que amanhã, tanto a alma, como o coração, estarão juntos com os meus dentes esboçando um sorriso sincero com a certeza que o sol da minha vida vai voltar a brilhar. É só mais um dia nublado, a nuvem vai passar.
Aquelas vozes cessam ao meu ouvido ao lembrar que, apesar das críticas, cada um tem sua subjetividade, resiliência. Passo a respeitar tanto a opinião do outro sobre mim, porque sei que pra mim, também é difícil aceitar o outro na ia subjetividade.
O que eu preciso trabalhar em mim, não sou eu, como todos os homens, não é a minha " falta de sentimento ", ou qualquer outra característica minha peculiar que incomoda o outro, e sim o meu respeito pelo seu incomodo.
Quanto a rir da tragédia alheia, a vida nos dar tantos motivos para chorar, porque não tirar onda com a cara dela !?

Ele mora logo ali




Ele mora logo ali, do outro lado da cidade separada por uma ponte. E a ponte que nos separava é a mesma que nos uni. E foi na travessia daquela ponte que a vida dele cruzou com a minha.
E o vento e o clima trouxe a lembrança de que os muros que nos separava foram derrubados.
Ele mora logo ali, do outro lado do estado. Separado por quilômetros, por uma estrada. A estrada que afasta é a mesma que aproxima. Curioso como uma mesma pode ter via dupla. É o vento no rosto, enquanto eu pego a estrada, traz a memória e o cheiro que a cada quilômetro fica mais perto.
Ele mora logo ali, em outro estado. A saudade é quem me lembra de como tenho saudade de quando ele morava logo ali.
Mas ele ainda mora aqui, dentro do meu peito, na minha memória. A lembrança que eu não lembro de esquecer.
Ele ainda mora aqui,uma parte sua ficou, enquanto uma minha, ele levou.
Eu ainda vou dizer, do lado de fora da nossa casa, enquanto eu estiver observando ele lavar o carro, ou arrumar qualquer coisa, quando perguntarem aonde ele mora, eu responderei : "Ele mora logo ali, naquela casa. Onde todos os dias eu o vejo acordar."
Ele mora logo ali e todas as vezes que vai embora, eu fico a esperar. Ele, que mora logo ali!
Às 06:00 h a.m.,de quatro anos atrás, uma dor, como que de uma faca atravessando todos os meus órgãos ( imagino eu ), senti. Pensei que meu coração tivesse parado junto com o dele. Bem que eu queria, mas tive que sentir todo aquele turbilhão de emoções. Sozinha.
Chorei. Gritei. Fugi. Revoltei. Falei o que não devia. Ri quando não pudia ( ou assim pensavam as pessoas que estavam naquela cena, naquele dia tenebroso, a 4 anos atrás). Sozinha. Assim eu pensava.
Hoje lembro daquele doloroso dia em fragmentos, que antes, pareciam verdadeiros flash de filme de terror, lembranças de uma situação que me deixou mais forte.
Eu não choro mais, apesar da falta que sinto dele. O único grito que eu dou é de saudade, mas em silêncio. A única fuga que eu tenho são das coisas que me fizeram sofrer naquela época, e que vez ou outra, voltam a me atormentar. A minha única revolta foi não ter dito que te amava depois daquele ultimo abraço. O que falo hoje, é sobre as coisas bonitas que tu me ensinaste e de como influenciou a nossa educação. E, eu posso sim, rir, de todas as lembranças  das brincadeiras e dos momentos bons que me proporcionou em vida.
Pai, hoje eu lembro e sorrio. Não é que a tua falta não doa em mim. Não é que a tristeza não vem quando, ao lembrar que na formatura, tu não vai estar nas fotos e nem entrará comigo na igreja quando eu for me casar. Mas eu aprendi a sufocar a dor. Não me conformei, nem me acomodei, apenas transformei a dor em arte e aprendi a reinventar a minha história. Não sozinha.
Porque, o Deus que tu me ensinaste a amar, me mostrou Quem cuida de mim e que eu pudia suportar cada uma das minhas cargas.

Antes dos 21





Faltando pouco menos de um mês para o meu aniversário de 21 anos e durante uma madrugada dessas de introspecção eu fiz uma "breve" retrospectiva do que vivi antes dos 21 anos e, CARA! Se  eu fosse contar tudo nos mínimos detalhes com certeza esse post viraria um livro.
Normalmente é a partir dos 20,21 que uma pessoa sai de casa pra estudar, morar sozinha, essas coisas. No meu caso, eu tive que sair aos 12 anos e morar na casa da minha vó se eu quisesse ter estudos melhores. Eu tive que aprender a desenrolar as coisas logo cedo, até porque , sem ter papai e mamãe por perto pra desenrolar as coisas, era só eu e meu irmão : eu por ele, ele por mim. Eu fazia as coisas por ele e POR MIM. E foi assim que eu aprendi a conviver com a saudade, a me defender das injustiças e a me tornar mais independente ( para algumas coisas, é claro). Mas foi nesse período também, que eu fiz amizades que eu vou levar pro resto da vida e que me deram suporte pra aguentar ficar ali.

(sou a do cabelo cacheado haha)






Toda menina de 14 anos sonha com uma linda festa linda de 15 anos não era diferente. Além de não ter festa ( e de forma nenhuma eu reclamo , o meu presente foi um tratamento para escoliose com um aparelho ortopédico lindo que vinha do pescoço até o quadril.
 Imaginem vocês : 15 anos, uma idade de descobertas, da aborrecência complicada,mudanças corporais, hormonais e ainda ter que andar com um troço que chama a atenção até dos mais desatentos. Foi triste. Foi dolorido. Mas foi!
Hoje eu vejo o lado bom de ter usado a Maria Fernanda ( nome que meus amigos colocaram no aparelho): fiquei com uma postura linda, cintura fina. Me senti uma verdadeira borboleta saindo do casulo. Acreditem se quiser, meu primeiro namoro foi nesse tempo.
 
(Boneca Cibernética,dyva até sendo robozinha haha )









 Parece que eu nasci para não morar em casa. Aos 16, sai do meu lar pra morar em São Luis , a cidade do meu coração. Desde criança dizia que ia morar aqui. Gosto do clima, das praias, da arquitetura do seu Centro Histórico, sua história.
Logo descobri que morar é diferente de passear.Que é convivendo que  se conhece as pessoas.
Vi que muita  pessoas tinham os mesmo sonhos que os meus e o tamanho da sede de alcançá-los eram inúmeras e eu estava totalmente despreparada para a vida aqui, ou pelo menos achava isso.
Saudades de casa, da vida mansa, dos amigos, das facilidades, da liberdade. O sonho se tornou uma realidade difícil e parecia que eu estava no limite das minhas dificuldades. Só parecia.

( Praça Gonçalves Dias, o por-do-sol mais lindo da Ilha )




5 meses em São Luis e 17 anos! Só mais um ano para a maioridade. 
E foi só mais uma semana e eu recebi a noticia que seria um divisor de águas pra minha vida, meus sentimentos, atitudes.
Logo após uma semana do meu aniversário meu pai morre.
Meu amigo e companheiro de zoações e de conversas. Aquele quem eu adorava escutar músicas pela manhã enquanto ele cozinhava e eu estudava. Que dizia que eu tinha um bom gosto musical e me deixava vaidosa. Aquele que nunca encostou a mão em mim, mas apanhei muito de suas palavras. Aquele que junto com a minha mãe lutou pra dar o melhor para mim e para o meu irmão.
E a nossa família ficou totalmente desnorteada, amparados uns nos outros.
E eu tive que ser forte para dar forças a todos. Eles me pediam isso sem se dar conta do mal que me fizeram tento que assumir esconder alguns sentimentos e assumir responsabilidades com seus singelos "faz isso por sua mãe", "não diz isso, eles estão sofrendo", "pensa no teu irmão, ele agora é o homem da casa.". Mágoa!
Eu fiquei muito magoada por não poder externar a minha dor como queria e ainda ter que engolir sapos ou dar um desses sapos por livre e espontânea pressão pra uma pessoa que , naquela época, era especial, engolir também. E com farinha.
( O meu motivo pra ter forças )
  Eu já estava me recuperando do choque que é estar no luto quando aos 18 anos ingresso no tão sonhado Ensino Superior, que foi uma vitória sem tamanho. Foi para mostrar para as pessoas que pensavam que eu era mais uma menina do interior que voltaria pra casa frustrada.

( Sambei na cara da sociedade )

Mas parecia que a vida queria testar minha fé e perseverança , porque junto com essa alegria veio a dor de uma separação. Me separei de quem me dava suporte nessa história de está longe de casa, longe da família, magoada, ter perdido o pai... O pior nem foi a separação. Foi depois dela. O sentimento que não se movia, só maltratava. As brigas e discussões que só me afastavam de quem um dia foi um grande amigo e alguém especial. O orgulho de querer deixar explicito quem estava certo e quem estava errado por não ter dado certo. Tudo isso foi me machucando, deixando em pedaços, ate que eu desacreditei do amor, ate eu trancar meu coração e ficar triste, vazia e seca.
Cheguei ao ponto de desconhecer o meu reflexo no espelho.
Eu cheguei ao fundo do poço, pensei. A soma de todas as contingências tinham me tornado naquilo. Aquilo que eu detestava.
Então os anjos de plantão foram enviados por Deus para me mostrar que eu era bem maior que as coisas tristes que aconteceram no passado. E tudo foi aprendizagem.
Foi então que eu voltei a ser o que eu era antes. Em uma versão bem melhor.
Alguns anjos me ensinaram a ter autoestima, outros me lembraram de Quem sou filha. Alguns anjos me apresentaram pessoas e lembranças novas. 
( meus anjos )

( A parede e meu dengo )











Pessoa nova.
Meu coração bate de forma descompensada ao escrever sobre isso.
Foram os melhores dois anos da minha vida! Eu pude ser quem eu sou sem jogos ou máscaras. Descobri a cumplicidade e o respeito de uma vez só. Vi que a sociedade se importa muito em colocar rótulos em relacionamento, mas se esquecem de se entregar e se dedicar a eles. Mesmo não mergulhando de cabeça, eu viveria tudo de novo. 
Pena não chegar nos 21 anos descobrindo sobre mim com meu "companheiro de feridas", o "band-aid". 
Quem sabe o nosso reencontro não está marcado para depois dos 21(risos de saudade)?
(sendo desenhista HAHA )
  É, antes dos 21 já aconteceu muita coisa. Nem quero imaginar o que está por vir. Mas creio que será bênção, pois até aqui o Senhor me ajudou. E se até aqui eu cheguei, mesmo ferida, cansada, muitas vezes tentando desistir, foi graças a meu Pai que nunca me deixou e nem me desamparou ( HB 13:5b ) 
Antes dos 21 anos, três amores me marcaram: o primeiro foi meu melhor amigo. Companheiro de salas e conversas. Uma amizade em comum no passado fortaleceu a amizade que tínhamos. na verdade, que temos. Nossos pais foram amigos de infância.  Era um sentimento que ficava ali no meio de carinho de amigo e amor que eu pude sentir. Foi um sentimento tão puro, tão verdadeiro, que um envolvimento não destruiu a grande amizade que a gente tem. Eu sigo levando esse sentimento guardado até hoje. O meu segredo.
O segundo foi meu namorado, que aguentou todas as minhas loucuras, que engoliu todos os sapos que eu o forçava a engolir. Devo passar o resto da minha vida pedidos desculpas a ele. Eu sei que o fiz sofrer e paguei por tudo que fiz. Mas como eu já pedi perdão verdadeiramente, não vou pedir mais porque não tem graça ficar revirando o passado, logo, vá à merda ( não ele, mas a situação  HAHAHA), até porque eu também fui magoada. Com ele eu pude viver um amor adolescente que eu não me permitia ter e aprendi a não cometer os mesmo erros em um futuro relacionamento. Na verdade, eu devo a ele um "muito obrigada pelas aprendizagens".
O terceiro foi o mais intenso. Me amarrei em não está amarrada. Tá junto e me sentir livre,solta...às vezes era ate bom. Você sabe o que é voar e não encontrar um lugar melhor para pousar que aquele abraço? Sabe aquele sapato lindo que foi amor a primeira vista mas não tem sua pontuação e mesmo assim você leva pra casa? Foi assim que aconteceu. Era meu sapato favorito. Aquela havaiana que quebra mas você coloca um prego no cabresto ( coisas de pobre ) só pra não se desfazer. Porque gosta. Porque ama. É, ele é o meu número.
Quem diria que minha melhor amiga casaria antes dos meus 21. E mais, antes de mim ? 

Entrei na academia umas três vezes. Nada mais de dois meses, que é o meu recorde. Mais vou voltar e virar uma panicat. Mas isso deixa pra depois dos 21, vocês verão.
Tentei aprender tocar violão umas duas vezes. Até comprar um violão eu estou tentando. Eu vou aprender.
Já tentei compor musicas, mas nada tão legal que vá me tornar uma compositora e cantora.
Já tentei aprender a andar de skate, patins... o máximo que eu consegui foi andar de PATINETE e de carona.
Nunca andei sozinha pilotando uma moto de 150 cilindradas e morro de medo disso.
Ainda não tirei minha habilitação, mas sempre ameaço bater o carro do meu irmão no portão se isso não acontecer logo.
NUNCA sai do Maranhão. Nem pra ir em Teresina , que é ao lado daqui.
O blog foi criado como uma maneira de catarse e escrever na agenda foi minha terapia. Escrever é uma ótima terapia, eu recomendo.Tudo que está aqui, está nas agendas, que aliás, guardarei para que no futuro dar para minha filha.
Falando em futuro, tenho um cofre e o dinheiro dele é destinado ao meu casamento. Sério! Todas as vezes que eu digo isso, todos riem. Se eu não casar, pelo menos tenho dinheiro pra sair viajando por ai, vai que é assim que eu saio do Maranhão.
Antes dos 21 eu descobri tanta coisa. Não lamento as coisas ruins que aconteceram. Sou grata a Deus por tudo. E eu tenho tanta coisa ainda a fazer. Tudo isso, antes dos 21.



Não dá pra ficar mas não quero ir. 
E eu o vi, todas as minhas dúvidas caíram por terra. Como eu senti falta dele. E eu já não sei se quero perder ou ganhar.
Só sei que preciso ir a algum lugar, só sei que devo chegar a algum caminho onde, ou soltaremos as mãos, ou caminharemos juntos. Mas pra chegar é preciso dar o primeiro passo. Eu já o dei. Mas não quero ir, quero ficar no seu abraço, na sua complicação, quero ficar nos seus beijos e na sua falta de jeito em conversar.
Eu preciso ir. Com ou sem você. Não dá mais pra ficar parada a beira do caminho a mercê dos seus carinhos.
E eu o vi. Tudo veio a tona. Mas devo seguir, com ou sem você. 
Eu prefiro que seja com você.

Você nunca prometeu ser meu, você não disse que eu seria sua, mas pra mim, isso tinha ficado subentendido.
Você não pediu para eu esperar e nem eu disse que ficaria esperando, mas espero ansiosa pelo dia que você virá pra mim.
Você não sabe o quão difícil é te amar e me amar ao mesmo tempo. Me amar por você. Você não sabe o fardo que é sentir ciúmes por dois.
Você não sabe o que é acordar pensando em você, está o dia pensando em você, ir dormir pensando em você e não ter um assunto ou uma palavra se quer pra falar contigo.
Você não sabe o que é chorar de raiva e saudade ao mesmo tempo, construir diálogos pra decidir de vez essa bagunça. Você não sabe o que é se sentir culpada por gostar dessa bagunça.
Você não sabe o que é chorar por você e não poder ir te xingar, te bater. Não sabe o que é saber que você não é o motivo do choro, apenas o estopim.
Você não sabe a vontade de jogar tudo na sua cara, como agora, enquanto você age igual a um babaca, mas ter que se conter.
Não sabe o que é querer dar uma de louca e rasgar todas as tuas coisas e depois não se arrepender.
Você não sabe o quanto é doído saber que que não é só comigo  que você troca frases de paixão.
 Não sabe o que é resolver esquecer essa história, querer te deixar ( como agora) e quando te ver, esquecer até quem sou.
Você não sabe nada de mim. Já eu, sei tanto sobre ti. Você não sabe o quanto eu te amo.

E sobe aquele aperto no peito, que vem pela garganta como um nó desesperado para desatar e caem dos meus olhos, quando a saudade e a lembrança é você.
Sei lá, não sei o que me dá.
Talvez a minha insegurança, talvez a sua segurança me deixem horas pensando que não vou te ter pra sempre.
Eu gosto dessa ideia de ter seu sobrenome, de querer acordar e me deparar com o teu , e também com o meu, mau humor matinal. Gosto de pensar que serei eu quem organizará as tuas coisas e vai brigar contigo se deixar a toalha molhada em cima da cama.. De pensar que você será o pai dos meus filhos. Dos nossos filhos. Um menino e uma menina. Como você quer, como eu sempre sonhei.
Eu preciso ter por perto quem me fez acreditar  outra fez que eu posso ser  e fazer alguém feliz, que não foi um pé na bunda que levei de um idiota roubaria de mim a chance de acreditar no amor. Eu preciso ter por perto alguém que me fez esquecer uma paixão primeira, incurável e traiçoeira. Tinha perdido a esperança de outro alguém tão arrebatador existir.
O fato é que você chegou e cicatrizou os outros, reordenou lugares, bagunçou meu quarto...só te peço, não destrua o meu coração!
Enquanto dou voz as palavras nascidas em meu peito, me sobe aquele aperto de novo que vem pela garganta , que parece puxar a alma com a própria mão e caem dos meus olhos quando eu penso em você e que tudo, às vezes , é tão ilusório. Só não a saudade e a lembrança de você. 

Aquele abraço


Sabe quando você abraça alguém e naquele momento passa um filme em sua mente? Lembra da primeira conversa, de como este alguém entrou na sua vida e de como ele mudou toda ela.
Tão perto, mas em frações de segundos fica mais distante. É como se as minhas mãos estivessem  cheias de mercúrio e eu estivesse com as mãos mal fechadas.
O mercúrio vai esvair.
Você vai embora do meu abraço.
Mas você está aqui agora e eu nunca me senti tão segura e com tanto medo de soltar esse abraço.
Eu queria poder voltar sempre para aquele abraço. Eu queria poder dormir e acordar pela primeira e ultima vez da minha vida, naquele abraço.
Aquele abraço apertado onde a sua respiração é melodia quando encosto meus ouvidos em teu peito. Aquele abraço onde o nosso silêncio era prece dos planos para um futuro. Aquele abraço onde as tuas mãos na minha cintura fossem promessas de que aqueles abraços voltariam a me aninhar logo cedo. O mais cedo possível.
Enquanto eu te abraço, faço um esforço homérico pra ser forte. Tento não chorar porque eu sei que tudo isso é pra uma causa maior. E tudo o que eu quero é o melhor pra ti.
Que Deus abençoe o meu abraço que está indo pro outro lado e que esses braços voltem pra mim.

Hoje foi o dia que eu mais senti falta de estar esparramada nos teus braços até eles ficarem dormentes com o meu peso pena. Eu senti falta do teu abraço.
Todo dia eu sinto falta de você, hoje do teu abraço, ontem  o beijo e amanha talvez eu sinta falta do seu sorriso.
Partes suas fazendo da saudade um todo e tudo que eu queria aqui e agora era você trazendo as partes que me deixam completa.
O fato é que, quanto mais perto chega o dia de te ver, mais longe você fica. Mas eu sinto que algo te faz ser o meu porto aqui aonde estou.
Sinto falta de você e sei que ao longo dos dias  vou sentir ainda mais. Mas algo me acalma, me aquece a alma.Uma certeza que eu ainda não, mas vou desvemdar.
Hoje sinto falta do teu peito, de um jeito perfeito, que só quando chegar essa vontade vai passar.

Ei Pequena!


Ei pequena,eu sei que as tuas lágrimas neste momentos se confundem com a água que cai do chuveiro. Eu sei que nesse momento, uma dor boba explode no seu peito, mas você é forte e engole esse choro, nem que ele se refaça em um nó na garganta. Afinal, tantas e tantas vezes você quis se fazer forte- e até conseguiu. Você consegue outra vez.
Ei pequena, eu sei quantas vezes o amor te machucou, nem o amor, mas as pessoas que você amou. Sei o quanto você queria mais os joelhos do que quebrar seu coração já cheio de curativos. Mas pequena, você sabe o quão grande você é, que esse amor só te enobrece e para de dar amor a quem pouco quer receber.
Ei pequena, eu sei que hoje você quer chorar, eu sei que você tá com medo de se machucar...eu sei. Sou teu reflexo. Então, chora o hoje e não tenha medo, que amanhã o dia nascerá perfeito e eu poderei te ver sorrir e brilhar outra vez,pequena.

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Eu quebrei o protocolo do blog este ano e não escrevi nada sobre o inicio de 2014, coisas sobre perspectivas, esperanças, experiências, e olha que já nas primeiras horas do mesmo, eu ja tinha boas histórias a serem contadas.
Pois bem, ja vi em muitas redes sociais contagens do tipo "livro", onde cada dia somos responsáveis de escrever uma página do livro de nossas vidas. Algumas pessoas começam a escrever suas histórias da página 3, 8...eu resolvi começar a relatar algumas coisas na página 37. Isso mesmo!
Começando que esse ano - como todo ínicio de ano para pessoas normais  ( que não é o meu caso) - , estabeleci algumas metas, alvos a serem alcançados como,querer prestar, acordar cedo pra não perder a carona da minha amiga que ainda não mudou de bairro, dá uma decidida nos meus relacionamentos, voltar pra academia e me tornar o clone da Bruna Marquezine e entre outras promessas que todos fazem, mas com suas particularidades.
Mas eu fico pensando, por que estabelecer metas apenas no inicio das coisas? Por que eu não posso, no meio do caminho, decidir a direção depois do percurso todo traçado?  Por que que quando dá errado eu tenho que esperar um novo começo pra tentar tudo outra vez, ou tentar coisas novas? Simples: eu não sei!
Talvez isso seja mais um dos mistérios do universo. Mas sempre há uma página após a outra, sempre há um capitulo após o outro, sempre haverá batalhas enquanto não findar a guerra.
Graças a Deus, que sempre nos dar a oportunidade de "começar do começo " .
E o seu começo pode estar no começo, ou quem sabe no meio, naquele momento de maior tensão, o climax vem e PAH! e a vida te faz recomeçar. Dizem até que todo fim é um novo começo, e porque não voltar de onde parou ?
Sobre o meu começo, a minha página 1, do capitulo 20,do livro 2014, um dos "livros da série" Minha Vida, eu comecei antes mesmo do "livro passado acabar. Eu me permitir todos os dias ter um novo começo, mas decidi na "página 37" te contar algumas coisas: Eu continuo indo dormir tarde, o que dificulta eu acordar cedo, sair atrasada de casa e ser atropelada por uma moto e ainda pedir desculpas pra quem me atropelou. Eu continuo não querendo prestar. mas eu nunca disse que prestaria ( ok, não sou bitch!). Eu continuo passando todos os dias na porta da academia e o meu instrutor me chamando pra voltar, mas o tempo está pouco. Eu continuo estabelecendo as minhas metas, fazendo promessas a mim mesma de ser uma pessoa melhor e vivendo pra escrever as outras páginas do meu livro, e até as do blog. Eu estou vivendo.

Carta ao poeta


"Você está certo,caro poeta e grande amigo. Meu amor e ódio são complicados demais. Odeio amando, amo odiando. A quem e a que é o que eu não sei explicar.
Talvez eu odeie a pessoa que amo porque ela sabe que não a odeio de verdade. Odeio o simples fato de que ela saiba que amo mais do que devia, mas do que queria. Acho que odeio o fato de que às vezes me faz de boba e eu consigo perdoar. Talvez porque ela me conheça e saiba lidar comigo, tirando das minhas mãos o total controle da situação.
Talvez eu ame quem eu odeio porque um dia este alguém me odiou, com ou sem motivos. Talvez odeio só o fato de saber disso, faça com que sinta amor, afeto ou até compaixão. 
De fato em fato, se encontra a certeza.
Há uma linha tênue entre o amor e o ódio, e eu estou sempre andando nessa linha. Fazer o que , grande amigo? Esse é o preço que se paga por ser intensa ao ponto de confundir sentimentos tão opostos, mas que parecem andar lado a lado, ou até de mãos dadas.
Caro poeta, como explicar o que não tem explicação e dar a tarefa às palavras de tornar bonito o que racionalmente é feio e desnecessário?
                                      
                                     Com amor, Poesia!"

Adeus


Algumas coisas passam com o tempo, outras se eternizam. Sentimentos são passageiros. A poesia sempre eterna. Como o preto e branco, poesia são complementos um para o outro.
O sentimento faz a poesia, e a poesia eterniza o sentimento e o sentimento faz passar a poesia. É como se fosse um ciclo.
Meu querido, por tantas vezes eu te fiz a essência dos meus versos, você está eternizado nos meus escritos de poesia. Mas o sentimento responsável por isso, tornou-se como tempo e passou. E hoje você não passa de uma apatia com um leve incomodo de querer voltar pra minha vida como mero figurante.
Foi bom, foi intenso, foi bonito. Foi! Busco outras palavras que eternizarão um outro sorriso que antes era o seu.
Sinto que devo tornar-te imortal pela ultima vez em minhas poesias e mortal outra vez nos meus sentimentos.
Este é mais um poema sem métrica de adeus - dentre tantos outros -, o ultimo. É a última vez que lembro do amor que tive por ti em forma de versos. Eu já te perdoei e me perdoei por acreditar em tuas mentiras e um dia te amar demais.
Voe poesia que um dia pousou em meus guardados de amor, dá lugar aos meus novos devaneios, ao meu novo amor.
 
Adeus!

Segredo da amizade


Outro dia foi aniversário de uma grande amiga minha que eu conheço desde bem pequenina, sempre brincávamos juntas, nossas famílias sempre foram amigas e ao desejar feliz aniversário a ela, me lembrei de como a nossa amizade de longa data funciona. Ela é a minha melhor amiga mais antiga, embora a frequência que nos vemos é bem pouca, quase rara. Mas quando acontece, parece que no dia anterior havíamos nos despedido.
Quase 20 anos de amizade e, embora grandinhas ( pequenas adultas, literalmente), essa velha amizade permanece intacta. Sabe quando se ganha um brinquedo e ele é muito querido, mas tão querido, que quando se acaba de brincar, guarda e com os tempos, mesmo de tanto usar ele ainda esta novinho em folha ? Pois é! Não somos as mesmas mas tenho certeza que a nossa amizade ainda tem um quê daquelas duas meninas que passavam o dia explorando o quintal ( embora uma delas morresse de medo de FORMIGA)
Hoje eu não estou muito legal e tudo que eu queria era um sorriso sincero das pessoas que me fazem bem, os meus amigos. E não foi bem isso que aconteceu.
Junto com esse acontecimento, um medo veio à tona: o de perder os meus melhores amigos, de perder a presença deles. Tantos e tantos me pediram pra ficar na vida deles e eu levei tão a sério que realmente fiquei, só que eles é que foram embora e deixaram apenas as boas lembranças. Hoje são apenas conhecidos. Sinto essa aflição toda vez que a distancia e os conflitos ameaçam romper todo afeto, consideração que eu tenho por eles, e eles por mim.
Mas ai eu lembro da minha amizade com a GRANDE AMIGA e me pergunto: qual é o segredo da nossa amizade?
Talvez, o segredo das grandes amizades seja o pouco contato.
Talvez ser amigo de verdade é se chatear com o outro pelo jeito de ser, mas não deixar que a singularidade do outro seja o ultimato de uma amizade.
Talvez ser amiga são despedidas e chegadas, ida e vindas. Às vezes mais idas do que vindas. mas que volte quantas vezes forem necessárias, a chegada sempre será festa, perdoando até o esquecimento.
Talvez ser amigo de verdade é aguentar a TPM daquela sua amiga dramática, ou os momentos de abuso ( da sua cara mesmo rs ) daquela sua amiga estranha e nenhuma delas aguentar a sua. Mas você perdoa , afinal, ser amigo é amar tanto, que são incontáveis as vezes que te que riscar o nome daquele seu amigo que te ofendeu, que disse pra você que não servia pra nada, nem para ajudá-lo, para estender a mão a ele quando pede socorro.
Ser amigo é AMAR, porque na angustia ele se faz irmão.
Talvez ser amigo seja uma mistura de tudo isso e podemos também acrescentar boas e grandes histórias que contaremos para nossos filhos, aquelas fotos grudadas na agendas velhas e morfadas ou em álbuns.
Quanto a minha GRANDE AMIGA de infância ( e da vida toda), não é porque a gente quase nunca se ver, não mande mensagens todos os dias no whatsapp, nem tenhamos muitas fotos juntas, mas sempre estamos disponível uma pra outra, seja pra colocar os baphões em dia, ou contar sobre como vai a vida. Eu amo muito essa minha amiga. Assim como amo todos os que eu acho de amigos. 
Este é o segredo : O AMOR

Deixe ir


Frio na barriga, "asas" suando, esperança no peito e medo.Muito medo! Mais uma vez ela iria alçar voo. Mais uma vez ela não deixou que podassem as suas asas e voou para o desconhecido, segurando apenas na mão do seu Criador.
Do lado de lá, diziam que seu voo seria muito baixo e que logo retornaria ao ninho. Mas ela não ligou, apenas bateu as asas.
Ninguém sabe de onde veio a coragem e a força que a fizeram voar e ficar no lugar onde escolheu, o que se sabe é que ela foi.
E passou um mês e ela não regressou. E veio a tempestade e nas altas montanhas ela se abrigou. Tentaram cortaram as suas asas, mas ela não fraquejou. Até disputar o céu que tinha que voar ela enfrentou.
E hoje ela chora, morrendo de vontade de voltar pra casa. Lá tudo era tão fácil, tanto amor e carinho, tudo tão certo. Mas sua vida depende dos seus sonhos, ela vai ter que voar sozinha.
Falta bem pouco e não era pouca a vontade que ela tinha de voltar. E ainda tem. Mas ela precisa ficar, não desanimar e apenas ousar.
Quantos abutres quiseram enterrar a força, mas a mão que a segura a faz voar mais alto e sempre a fez lembrar da ave de condor que é.
De tantos lugares, vários tentares, um dia tudo vai valer a pena. E até aqui já valeu! A força não vem dela, foi Deus quem deu.
Não impeçam que ela voe, deixa a pequena ave voar. 
Um dia, ela volta.
 Mas por enquanto, deixe ir.



Estou aqui mas o meu desejo era estar ao seu lado agora. Mesmo que falando pelos cotovelos as besteiras que você odeia e você falando pra eu calar.
Queria você calado, trocando a minha presença por mais uma obsessão em quebrar os recordes dos seus jogos enquanto eu tento te atrapalhar.
Deixar eu mimar você, deixa eu te contar do que sei, do que sinto. Mesmo que você já saiba.
Seja meu melhor amigo, eu preciso te contar das minhas frustrações e alegrias diárias. Às vezes eu me sinto tão perdida, esperando o momento de você me encontrar.
E enquanto eu fico sonhando e querendo estar com você, as horas passam e o orgulho fica, me impedindo de te mandar qualquer mensagem dizendo que é o seu abraço que eu quero agora. E a noite é só como nós : uma criança, que quer brincar, que quer voar, sem se importar com os perigos. Sem lembrar que depois que você vai embora, fica assim, fria. Sozinha. Longa.
E às vezes, quando a saudade ( como a de agora ) maltrata e o frio - tortura de quem está só - castiga, eu me deito e aninho a mim mesma, me abraço e finjo que os meus braços são os teus. Imagino a tua voz na minha mente e fico lembrando da frequência da tua respiração, dos batimentos do teu coração...perto ou longe,mesmo se fazendo ausente na presença - não importa - eu sempre te sinto aqui,dentro de mim.

A história da menina que não desanimou


"Lanna, a Gabi está com câncer." E essa foi a frase dita no iniciozinho do ano de 2013 que abalou do fio de cabelo até a unha do dedinho do meu pé. Você nunca espera que isso aconteça com alguém tão próxima de você. E eu murmurei: "Meu Deus, como pode?! Qualquer pessoa, mas a Gabi não. Ela não vai aguentar." E eu desacreditei naquele momento , no agir de Deus naquele momento e principalmente, na força da Gabi.
Levei dois dias pra me acostumar com a ideia que aquela palavra horrenda trazia e procurei e procurei a minha amiga pra saber como ela estava,tentar ajudar, ser forte, mesmo sem nenhuma palavra na cabeça.Sim, eu que tenho tudo na ponta da língua,não havia um "A" há dizer. Extremamente em choque, segui o caminho da minha casa até a casa da Gabi, pedindo a Deus que fosse mentira, apenas mais um boato de cidade pequena e infelizmente, não era.
Encontrei pai, mãe, irmão,tio,primo,cachorro, papagaio (tá, estou exagerando) abalados, porém, o que me chamou mais atenção  foi ver dentro daqueles olhos aflitos uma esperança tão profunda e uma força ,que com certeza, não vinha de dentro daqueles olhos, mas do alto.
Cheguei desacreditada, com medo e sem palavras. Sai acreditando  e com a certeza que, por trás daquela menina frágil que mandou mensagem perguntando como se fazia um brigadeiro ( tá passando vergonha em rede social HAHAHA), estava nascendo uma mulher com força e vontade, que apesar da carga que o nome e a carga que o câncer traz, ela ainda podia sonhar. Pra quê palavras quando segurar segurar a mão, mesmo que por inúmeros sms, é o que tem efeito terapêutico paliativo muito mais eficaz. Não precisei dizer nada. Com um abraço confirmei que estaria ao seu lado nessa experiência. E começamos a caminhar.
Foram meses longos e duros de quimioterapia,radioterapia e muita oração. E em nenhum desses meses, eu desacreditei na sinceridade daquele sorriso de quem acreditava em um final feliz. A gente ria, chorava, fazia piada com a doença e até o apelido fofo de "Biel" ela ganhou. Na verdade, a Gabi virou It Girl. Sim, porque seus lenços viraram febre na pequena e pacata ( e feia ) cidade de Peritoró.

 


Segundo definições da psicopatologia ( lá vem o psicologismo e BLÁ BLÁ BLÁ), estar doente , é se sentir, afirmar, OH MEU DEUS EU TO DOENTE ( tá, não foi psicologismo rs ). E com Gabriela não era assim. A naturalidade era tanta que grandes eram as pisadas de bola com assuntos fúteis, tipo : "Gabi, meu cabelo ta caindo muito ( emotion chorando), enquanto ela poderia ficar careca ( me perdoe amiga, é que tu tem uma amiga doida de pedra).
 


E o que eu achava mais impressionante é que ela não parava de sonhar e nem desanimou. É claro que o medo sempre dava a sua cara, mas só porque dizem por ai que o que faz o homem procurar viver é que ele sabe que a vida acaba e que todos tem medo de que algo aconteça.
A vida da Gabriela Felix me inspira e me faz acreditar  que tudo que acontece tem uma razão ( ela sabe sobre o que eu tô falando) e que tudo, absolutamente TUDO vale a pena, mesmo não entendendo os caminhos do destino no qual caminhamos, um dia chegamos onde devemos chegar. Chegamos!
 Hoje, a minha Magalli está completamente curada (POSSO OUVIR UM GLÓRIA A DEUS?!) e nenhuma sequela ficou. E pode até parece clichê - que seja, mas ...

 


 
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