Carta ao poeta


"Você está certo,caro poeta e grande amigo. Meu amor e ódio são complicados demais. Odeio amando, amo odiando. A quem e a que é o que eu não sei explicar.
Talvez eu odeie a pessoa que amo porque ela sabe que não a odeio de verdade. Odeio o simples fato de que ela saiba que amo mais do que devia, mas do que queria. Acho que odeio o fato de que às vezes me faz de boba e eu consigo perdoar. Talvez porque ela me conheça e saiba lidar comigo, tirando das minhas mãos o total controle da situação.
Talvez eu ame quem eu odeio porque um dia este alguém me odiou, com ou sem motivos. Talvez odeio só o fato de saber disso, faça com que sinta amor, afeto ou até compaixão. 
De fato em fato, se encontra a certeza.
Há uma linha tênue entre o amor e o ódio, e eu estou sempre andando nessa linha. Fazer o que , grande amigo? Esse é o preço que se paga por ser intensa ao ponto de confundir sentimentos tão opostos, mas que parecem andar lado a lado, ou até de mãos dadas.
Caro poeta, como explicar o que não tem explicação e dar a tarefa às palavras de tornar bonito o que racionalmente é feio e desnecessário?
                                      
                                     Com amor, Poesia!"

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