Às 06:00 h a.m.,de quatro anos atrás, uma dor, como que de uma faca atravessando todos os meus órgãos ( imagino eu ), senti. Pensei que meu coração tivesse parado junto com o dele. Bem que eu queria, mas tive que sentir todo aquele turbilhão de emoções. Sozinha.
Chorei. Gritei. Fugi. Revoltei. Falei o que não devia. Ri quando não pudia ( ou assim pensavam as pessoas que estavam naquela cena, naquele dia tenebroso, a 4 anos atrás). Sozinha. Assim eu pensava.
Hoje lembro daquele doloroso dia em fragmentos, que antes, pareciam verdadeiros flash de filme de terror, lembranças de uma situação que me deixou mais forte.
Eu não choro mais, apesar da falta que sinto dele. O único grito que eu dou é de saudade, mas em silêncio. A única fuga que eu tenho são das coisas que me fizeram sofrer naquela época, e que vez ou outra, voltam a me atormentar. A minha única revolta foi não ter dito que te amava depois daquele ultimo abraço. O que falo hoje, é sobre as coisas bonitas que tu me ensinaste e de como influenciou a nossa educação. E, eu posso sim, rir, de todas as lembranças  das brincadeiras e dos momentos bons que me proporcionou em vida.
Pai, hoje eu lembro e sorrio. Não é que a tua falta não doa em mim. Não é que a tristeza não vem quando, ao lembrar que na formatura, tu não vai estar nas fotos e nem entrará comigo na igreja quando eu for me casar. Mas eu aprendi a sufocar a dor. Não me conformei, nem me acomodei, apenas transformei a dor em arte e aprendi a reinventar a minha história. Não sozinha.
Porque, o Deus que tu me ensinaste a amar, me mostrou Quem cuida de mim e que eu pudia suportar cada uma das minhas cargas.

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